30.4.08

Documentos

Voltei para Moçambique em 2003, com uma proposta interessantíssima de dirigir a parte de criação de uma agência de publicidade e montar uma produtora, tudo ligado a um canal de TV. Infelizmente as coisas nem sempre são como parecem, e acabei cancelando o contrato antes de completar três meses. Mas foi um período bem interessante e prolífico onde criei e dirigi seis comerciais, alem de criar alguns anúncios impressos. No período que estive lá, o país se preparava para eleição presidencial que ocorreria um ano e meio depois. Dois partidos concorreriam: a Frelimo, o partido que tinha lutado pela independência mas que já com quase trinta anos de poder estava completamente minado pela corrupção, e a Renamo que originalmente havia sido o grupo contra-revolucionário, patrocinado por portugueses insatisfeitos e pela África do Sul racista, e que havia promovido 15 anos de uma sangrenta guerra civil. Mas estavam todos promiscuamente envolvidos após o estranho acordo de paz assinado em Roma alguns anos depois do misterioso assassinato de Samora Machel .
Enfim, um de meus clientes foi o STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral). Num pais que havia sido arrasado por uma guerra civil e uma sucessão de secas e cheias, que causaram grandes movimentos migratórios e a separação de muitas famílias, era preciso saber quem eram e aonde estavam os eleitores. Para isso uma campanha de recenseamento foi feita, e fiz dois comerciais para ela. Este tenta explicar as várias formas de comprovar a identidade no recenseamento, e virou peça de rádio também. O interessante é que embora eu tenha roterizado o filme com os movimentos de câmera, ao chegar na locação me deparei com dois problemas:

1 - O tempo começava a mudar e eu tinha pouco tempo para filmar.
2 - Um dos atores, o que faz as perguntas, estava errando muito o texto.

Para resolver o problema pedi para meu câmera registrar cada plano com a câmera fixa, pois percebi que acertar um bom movimento com uma boa atuação iria levar um tempo que eu não tinha. com a câmera rodando fazia o ator falar várias vezes a fala de um plano para escolher a boa na edição. Depois criei todos os movimentos de câmera no computador.

29.4.08

Norman McLaren

Falando em animação, me lembrei deste canadense e seus filmes experimentais. Primeiro  "Pas de Deux"(está em duas partes), onde usando uma truca (equipamento para efeitos óticos) ele reimprime no mesmo fotograma momentos posteriores e anteriores, conseguindo um incrível efeito surreal, com uma maravilhosa música. Depois Vizinhos, que usa o efeito de stop-motion de forma revolucionária para época.

Pas de Deux Parte1:

Pas de Deux Parte2:


Vizinhos:

Fantasia no Sítio do Pica-Pau Amarelo




FANTASIA1 (Por Monteiro Lobato)

Fantasia deixou-me estarrecido2. É a expressão. Estarrecido. E embaraçado para definir. Tudo tão novo, tudo tão inédito, que o vocabulário crítico usual mostra-se impotente. Disney é um tipo novo de gênio e sua arte é uma arte total e absolutamente nova, jamais prevista nem pelas mais delirantes imaginações. Até o aparecimento de Disney, o cinema não passava duma conjugação do teatro com a fotografia. Era uma representação teatral fotografada em todos os seus movimentos, cores e sons. Disney criou a grande coisa nova; a conjugação da fotografia com a imaginação.

O desenho genial de Disney permite que todas as criações da imaginação possam ser fotografadas e projetadas com a riqueza dos sonhos. Uma arte, pois, absolutamente nova e jamais prevista.

Tudo quanto é absolutamente novo desnorteia a rotina do nosso cérebro. Ficamos sem palavras para julgar. O vocabulário humano é um conjunto de convenções que refletem experiências muito repetidas. Quando uma experiência sensorial totalmente nova nos defronta, o velho vocabulário existente mostra-se necessariamente inadequado.

Diante da dança dos cogumelos chineses, das manobras da fada do orvalho, da tradução em desenho do pensamento musical dum Stravinski ou dum Beethoven, da prodigiosa sátira à "Dança das Horas" de Ponchielli, do jogo de dois extremos, como a bolha e o elefante, da disneyzação da família de Pégaso e do clã dos centauros, a atitude do espectador torna-se cômica. Temos que abrir a boca e conservar-nos mudos. Tudo quanto tentarmos dizer com as convencionais e velhas palavras da admiração torna-se grotesco.

Um meu vizinho de poltrona tentou comentar o anjinho que cerrou as cortinas quando o casal de centauros amorosos se recolheu para o amor - o anjinho de costas cujo traseirinho nu foi virando coração - e tive de pedir-lhe silêncio.

Não fale.

Falar as velhas palavras diante de tal mimo de criação artística é quebrar grosseiramente algo prodigiosamente lindo, é furar com ponta de
prego enferrujado uma irisada bolha de sabão.

Não fale. Não comente. Não conspurque. Limite-se a extasiar-se. Diante de "disnéas" como o do elefante atrapalhado com a bolha, do anjinho que transforma nádegas em coração, da peixinha que se mantém de rosto impassível de tão consciente da prodigiosa beleza da sua dança aquática, do enlace de caudas quando a mimosa centaura se aninha no peito do seu centauro amoroso, falar é profanar.

Walt Disney é a suprema compensação dos horrores que a guerra está trazendo para a humanidade. Há a guerra, sim. Há o bombardeio aéreo às cegas. Há o estraçoamento dos inocentes. Há o inferno. Mas a humanidade salva-se produzindo neste momento trágico a altíssima compensação dum Disney, o Grande Criador.

Ah, se fosse possível um novo fiat! Recriar o mundo! Com o material que a natureza nos fornece produzir um mundo novo, formas novas de vida - e se fosse Walt Disney o encarregado da transmutação! Que suprema, que prodigiosamente bela uma nova Criação Cósmica assinada pela mais alta expressão do gênio humano - Walt Disney!

Inania verba... Que impotência a nossa ao tentar dizer de Disney com esta coisa grosseira que é a palavra escrita!

Nós, gente de hoje, somos trogloditas da Pedra Lascada diante dessa criatura que nos entremostra maravilhas dum ainda remoto futuro.

Disney, Disney, os trogloditas te saúdam.

Folha da Noite, 12/7/1948

1 Publicado pouco após a morte do autor, esse texto vinha precedido de uma nota, esclarecendo que "deve ter sido redigido em setembro de 1941", supostamente para o número 5 da revista Clima, dedicado "ao estudo e à crítica do grande filme de Walt Disney", com trabalhos de Oswald de Andrade e Sergio Milliet, entre outros. Lobato não chegou a entregar seu artigo para o editor da revista, Lourival Gomes Machado. Sua publicação deve-se a Edgar Cavalheiro, "herdeiro de todo o arquivo de Lobato" e seu futuro biógrafo.
2 Fantasia, de 1940, foi o terceiro desenho animado de longa-metragem de Walt Disney (1901-66), depois de Branca de Neve e os Sete Anões (1937) e Pinóquio (1939). Na seqüência viriam Dumbo (1941) e Bambi (1942).

Minha crítica à crítica:
Adoro Monteiro Lobato, e adoro Fantasia. Teria me chocado uma crítica que falasse mal de Fantasia, mas sou obrigado a discordar largamente de Monteiro Lobato. Primeiro que a animação não é é invenção de Disney nem propriedade dele, além disso o cinema já tinha se diferenciado do teatro fazia tempos, vide Einseinstein e a montagem. Segundo que ao Disney cabe somente o crédito de ter reunido os recursos e a equipe, esta sim responsável pela autoria e arte de Fantasia. O filme realmente em certas partes é descabidamente moralista e maniqueista e mesmo assim é maravilhosos. Terceiro, a história deste tal de Disney ainda deverá ser contada direito, mas sabe-se do seu envolvimento com o partido nazista, depois com a propaganda de guerra americana, com a política da boa vizinhança e com o macartismo. Sabe-se que por anos ele escondeu o Carl Barx, verdadeiro criador do Pato Donald e família, dizem que roubou o Mickey (o camundongo que virou rato), suas histórias difundiam conceitos machistas, racistas, e do new deal, entre outras coisas. Ele está congelado, será que um dia poderá ser acordado e julgado pelos seus crimes? Além disso, a melhor crítica já feita ao filme é outro filme Allegro non Troppo" de Bruno Bozzeto. vejam um trecho:




26.4.08

Mais kwela

Olha só, kwela quer dizer "levante-se" em Zulu, mas nas áreas urbanas "kwela-kwela" era gíria para camburão da polícia. A palavra então podia ser usada como convite pra dança ou alerta de que a polícia estava chegando. Um instrumento muito usado na kwela é pennywhistle, um tiplo de flautim barato e fácil de carregar, feito de metal. Conta-se que os tocadores ficavam  na esquina, e alertavam as pessoas que se divertiam nos shebeens (bares ilegais) quando chegavam os "kwela-kwela".

Na vida de um homem duas coisas podem acontecer...

Ou ele assiste este ótimo curta nacional, campeão do júri popular do festival do minuto, ou não:


25.4.08

Soul Train

Em Moçambique não tinha televisão, a TVM estatal estava ainda em fase experimental e só transmitia 4 horas por semana aos domingos. Mas aos sábados nos reuníamos na casa da Célia, que tinha antena parabólica e pegava as transmissões da Swazilândia, que por sua vez retransmitia o Soul Train, um maravilhoso programa americano de música negra. Saíamos embalados com aquelas danças todas, prontos para arrasar nas festas ou na pista de dança da discoteca Búzios. Ano passado conheci o projeto eletroacústico Maria Louca, e pra minha grata surpresa o primeiro clipe deles é uma colagem de imagens do Soul Train, tentem ficar parados:

Mirian Makeba

É difícil falar de música africana sem lembrar dessa cantora maravilhosa! Cliquem no link pra ouvir uma canção em homenagem a Moçambique, depois aqui para "Click Song" com uma breve explicação dos fonemas peculiares da língua Xhosa, e veja aqui a famosa "Pata-Pata"nos estudios da Record em 1968 com Sivuca no violão:

24.4.08

Kwela

Outro tipo de música muito tocada nas festas de Maputo, kwela é um tipo de "jazz africano" de toda África austral, incrivelmente dançante e divertida. Achei esta página sobre kwela e estes vídeos:

Marrabenta

Quando adolescente em Moçambique, ia em festa umas quatro vezes por semana, e além de rock e música pop de todo o mundo, dançávamos muita música africana, é claro. Estava eu procurando por uma marrabenta típica para mostrar aqui, mas deparei com esse "País da Marrabenta" (que é um RAP) incrível, e me vi na obrigação de divulgar. A luta continua!


Ps. na mesma busca achei esta demonstração colonialista da marrabenta!

23.4.08

In The Ghetto

Acho que deixei bem claro no post anterior o quanto eu não gosto de religião. Dito isto, devo dizer que várias vezes me encanto com obras de arte feitas em louvor a deus, mas como não me encantar com "Jesus a Alegria dos Homens" de Bach, "Réquiem"de Mozart ou a Capela Cistina!
 Já que estamos falando de deuses, devo confessar que não sou fã de Elvis, embora tenha sido na infância, antes de descobrir os Beatles. Gosto mas não sou fã. E acho que as melhores músicas do cara são as canções gospels, destas a minha preferida é "In the Ghetto" que tem o formato gospel, usa um coro gospel, mas não fala de deus. Vejam o video, a letra e a tradução:

In the Ghetto (words & music by scott davis)
As the snow flies
On a cold and gray chicago mornin
A poor little baby child is born
In the ghetto
And his mama cries
cause if theres one thing that she dont need
Its another hungry mouth to feed
In the ghetto

People, dont you understand
The child needs a helping hand
Or hell grow to be an angry young man some day
Take a look at you and me,
Are we too blind to see,
Do we simply turn our heads
And look the other way

Well the world turns
And a hungry little boy with a runny nose
Plays in the street as the cold wind blows
In the ghetto

And his hunger burns
So he starts to roam the streets at night
And he learns how to steal
And he learns how to fight
In the ghetto

Then one night in desperation
A young man breaks away
He buys a gun, steals a car,
Tries to run, but he dont get far
And his mama cries

As a crowd gathers round an angry young man
Face down on the street with a gun in his hand
In the ghetto

As her young man dies,
On a cold and gray chicago mornin,
Another little baby child is born

No Gueto (letra e música de scott davis)
Enquanto a neve voa
Numa cinza e fria manhã de Chicago
Nasce um pobre e pequeno bebê
No gueto
E sua mãe chora
Porque se tem uma coisa que ela não precisa
É de outra boca faminta pra alimentar
No gueto

Gente vocês não entendem
A criança precisa de uma ajuda
Ou vai crescer pra ser um jovem amargo um dia
Dê uma olhada pra mim e pra você
Somos muito cegos pra ver?
Nós simplesmente viramos a cara
E olhamos para o outro lado

Bem, o mundo dá voltas
E um pequeno menino com nariz escorrendo
Brinca nas ruas onde sopra o vento
No gueto

E sua fome queima
Então ele começa a errar pelas ruas a noite
E ele aprende a roubar
E ele aprende a lutar
No gueto

Então uma noite em desespero
Um jovem extrapola
Ele compra uma arma, rouba um carro
Tenta fugir, mas não chega longe
E sua mãe chora

Enquanto a multidão cerca um jovem raivoso
com o rosto virado pro asfalto com uma arma na mão
no gueto

Enquanto seu jovem homem morre,
Numa cinza e fria manhã de Chicago,
Nasce um outro pequeno bebê
No gueto

20.4.08

É hora de sair do armário!

Segundo Richard Dawkins (autor de Deus, um Delírio) assim como as décadas de 80 e 90 foram o momento dos homossexais saírem do armário, é chegada a hora dos ateus fazerem o mesmo!
Entendam, eu sempre fui um cara bem educado, aprendi com meus pais e avós ateus a respeitar a religião dos outros, porém ao longo da vida venho cada vez mais sendo desrespeitado no meu ateísmo. Sou tratado por religiosos no mínimo como pobre coitado, normalmente como pecador a ser convertido, e muitas vezes como criatura infernal a ser combatida. Considero todos os tratamentos insultantes! E não é só contra os ateus, entre uma religião e outra é larga a prática de desrespeito e intolerância. adoro a frase "Guerra religiosa é quando adultos resolvem se matar para ver quem tem o melhor amigo imaginário" (não consegui ter certeza do autor)

Vou fazer uma pequena lista dos malefícios da religião para humanidade, embora a maioria possa ser creditada diretamente a igreja católica, não é exclusividade dela, nem só das religiões cristãs ou da trindade do mal (judaísmo-cristianismo-islamismo):

- Acreditar que seus seguidores são de alguma forma escolhidos e superiores ao resto dos seres humanos.
- Estipular que certos grupos ou etnias não tem alma e podem ser escravizados, exterminados, catequizados, aculturados...
- Definir o sofrimento terreno como aceitável e prometer recompensa após a morte pra quem sofrer quietinho.
- Incluir em seus poderes a escolha de governantes.
- Definir certas praticas como bruxarias passíveis de torturas e mortes horríveis.
- Olhos bem fechados para o nazismo, para a bomba atômica, para o Vietnã, para o Iraque.
- Condenar o aborto.
- Condenar a camisinha e outros meios contraceptivos
- Condenar pesquisas com células-tronco.
- Condenar a Eutanásia
- Machismo
- Homofobia
- Preconceito religioso
- Pedofilia

Agora, me insultam mesmo quando vem com essa bobagem de desing inteligente (sic) como alternativa ao evolucionismo!!! Voltem pra escola! Estudem um pouco!

Conclusão, não acho que a religião é só um probleminha, mas sim um dos grandes males da nossa civilização, a força que nos empurra pra traz e impede nosso florescimento, que municiona nossos algozes, que entorpece nosso povo! Todos os exércitos tem em seus lemas a promessa da proteção divina. Bin Ladem prometeu 72 virgens no paraíso aos suicidas que clamaram por Alá enquanto jogavam os aviões nas torres gêmeas, Bush disse que ouviu diretamente de deus que devia atacar o Iraque, Deus está na nota de dólar e no cinto nazista!

"Deus está conosco"


"Em Deus acreditamos"

segue uma coletânea de citações atéias:

“Religion is regarded by the common people as true, by the wise as false, and by the rulers as useful.”
"Religião é considerada pela pessoa comum como verdade, pelo sábio como falsa e pelos governantes como útil."
Seneca (flósofo romano, séc. 1)

“When facism comes to America it will be wrapped in the flag and carrying a cross.”
"Quando o fascismo chegar à América, será embrulhado na bandeira e carregando uma cruz."
Sinclair Lewis (escritor americano, 1885-1951)

“Religion is an insult to human dignity. With or without it, you have good people doing good things and evil people doing bad things, but for good people to do bad things, it takes religion.”
"A religião é um insulto a dignidade humana. Com ou sem ela você tem boas pessoas fazendo coisas boas e pessoas más fazendo coisas más, mas para as pessoas boas fazerem coisas más, é preciso a religião."
Steven Weinberg

“The tendency to turn human judgments into divine commands makes religion one of the most dangerous forces in the world."
"A tendência de tornar julgamentos humanos em comandos divinos faz da religião uma das forças mais perigosas do mundo"
Georgia Harkness

“Eskimo: "If I did not know about God and sin, would I go to hell?" Priest: "No, not if you did not know." Eskimo: "Then why did you tell me?"
"Esquimó:'Se eu não soubesse sobre Deus e pecado, eu iria pro inferno?' Padre: 'Não, não se você não souber.' Esquimó:"Então porque você me ensinou?"
Annie Dillard

Para aqueles que acham que quero matar deus, volto a citar um autor desconhecido: "Não! Deus vai continuar existindo! Ali, dentro da sua cabeça, de onde nunca deveria ter saído!"

Se quiserem uma visão mais bem humorada sobre o assunto, sugiro George Carlin, aqui no blog mesmo.

19.4.08

Misirlou (garota egípcia)

Vamos aprendendo juntos! Quando postei sobre o Dick Dale e sua guitarra, não sabia que aquela música é uma música tradicional grega, popular em suas quatro encarnações: rebetko gregomúsica árabe para dança do ventre (erro), música judaica de casamento e surf rock. Esses povos tem tanto em comum, só a porra da religião os separa! (estou falando dos gregos e surfistas, claro.)

18.4.08

House of the Rising Sun 2

Quando fiz o primeiro post sobre essa música, estava tão concentrado em falar sobre as duas versões da letra que esqueci completamente das maravilhosas versões instrumentais do Jimi Hendrix (que infelizmente quem publicou no youtube não permite que seja copiado pro blog) e dos Ventures:

Pesquisando, fui achando essa versões: uma muito ruim dos Beatles, uma muito engraçada com a Dolly Parton, uma versão em japonês com Chiaki Naomi, em reggae por Gregory Isaacs, gravação histórica de 1948 com Leadbelly e um arranjo de câmara (quarteto de cordas e violão flamenco). E se procurar tem mais...

Stevie Wonder

Aos treze anos de idade, cantando com o Dick Dale e os Del Tones, no filme Bikini Beach , 1964, com a turma da praia! fantástico:

16.4.08

String Fever

Eles se dizem o primeiro quarteto geneticamente modificado:

Nacy Sinatra

Sim é a filhinha do papai, mas olha que música legal:


e essa:

15.4.08

A Casa do sol Nascente

Essa é uma de minhas músicas preferidas, em suas várias versões. Eu a conheci na versão disco-flamenca do Santa Esmeralda, mas preferi postar a versão dos Animals. Segundo a Wikipedia, é uma canção popular cuja primeira gravação é de 1930! O que é muito interessante é que a letra tem duas versões distintas, enquanto a versão dos Animals e Sta Esmeralda falam de um rapaz que perdeu a inocência num prostíbulo em Nova Orleãs, a versão cantada por Bob Dylan, Nina Simone e Joan Baez falam da menina pobre que se prostituiu na tal casa do sol nascente.

12.4.08

Gatos errantes

Hoje estou musical. Na minha adolescência, mais precisamente em 1983, uma de minhas bandas preferidas eram os Stray Cats. Lembro quando eu e o Paulo, em Moçambique, fomos de moto à loja franca com nossos dólares contados e compramos o vinil deles. Acho que passamos uma semana ouvindo sem parar, e por uns seis meses levávamos em todas as festas! Esta gravação é mais recente, com o Brian Seltzer (o vocalista) e Orquestra no Japão em 2001, mas é muito boa, reparem no solo de baixo depois do trecho pantera cor de rosa:

Olá brimo!

Conheço "Misirlou"antes mesmos do Tarantino usa-la em Pulp Fiction, e sempre achei que tinha algo estranho nela, mas nunca soube bem o que, até que recentemente descobri que Dick Dale é filho de pai libanês (e mãe polonesa) e foi o primeiro a usar a afinação moura no rock! Além disso o cara é canhoto, mas mantem o encordamento destro na guitarra, ou seja toca com as cordas graves em baixo, reparem:

Muhammad Ali - Receita da Vida

Do que você gostaria que as pessoas se lembrassem quando você se for?


I'd like for them to say he took a few cups of love, he took one tablespoon of patience, one tablespoon, teaspoon of generosity, one pint of kindness. He took one quart of laughter, one pinch of concern, and then, he mix willlingness with happiness, he added lots of faith, and he stired it up well, then he spreads it over his span of a lifetime, and he served it to each and every deserving person he met.

Eu gostaria que dissessem que ele pegou umas xícaras de amor, uma colher de sopa de paciência, uma colher de chá de generosidade, uma pitada de gentileza. Ele pegou um quarto de risadas, um tanto de preocupação, e então ele mexeu ansiosamente com felicidade, adicionou muita fé e misturou bem e espalhou por toda sua vida e serviu a cada pessoa merecedora que ele encontrou.

8.4.08

Jim Henson

Esse cara foi o criador do Vila Sésamo, pai do Caco o Sapo e outros Muppets, este filme "Time Piece" foi exibido pela primeira vez no Moma em 1965 e indicado ao oscar, escrito, dirigido e estreladodo por ele, é simplesmente genial:


7.4.08

Nkosi sikelel Afrika




Nkosi sikelel Afrika ao lado da Internacional, é o único hino que me tira lágrimas.
Embora lindíssimo, quer dizer "Deus salve a África", o que é um absurdo, pois pra mim que vivi lá, a África é a prova mais visceral que das duas uma, ou Deus não existe, ou ele é um sádico filho da puta! Prefiro acreditar na primeira hipótese....

O Curioso é que quando estive por lá, essa música, de grande significado pra África do Sul, era considerada como o hino do continente africano por moradores de vários países de lá, mas pesquisando esse fim de semana descobri que ela foi incorporada como parte do novo hino da África do Sul! E o que eu achei pior, em alguns trechos "Africa" foi trocada por "South Africa". Mas o pior foi ver o segundo trecho do hino em afrikaner, a língua branco-azeda-racista do apartheid!! Vejam vocês mesmos:

6.4.08

Fat Boy Slim

Pros que acham que musica "tecnho" só tem merda, dêem uma olhada nesta seleção de boa música e muito conteúdo do mesmo cara de "Weapon of Choice" com o Cristopher Walken:






qualquer semelhança dos três irmãos do ultimo clip com os Freak Brothers não pode ser mera coincidência...

Christopher Walken

O cara é pra mim um dos melhores atores de todos os temos, não só pela atuação, mas pela escolha política e bem humorada dos papéis, e olha só, o cara também dança!!

Mal Hur


Charlton Heston morreu!! Antes ele do que eu!! Pena que não foi com um tiro na fuça, amava tanto as armas que era capaz de ter gostado! Viva Tim Burton, que no remake do Planeta dos Macacos de 2001, o colocou no papel de um moribundo Doctor Zaius, explicando que as armas tinham sido o fim da humanidade, sim é ele na foto. (aliás o grande Tim aproveita e ironiza também a figura religiosa Moisés/Ben-Hur/Rifle Assossiation)

cabe aqui também a grande parodia musical dos Simpsons ao Planeta dos Macacos:





Puxa, estraguei a história pra quem nunca viu o filme... hehehe.....

5.4.08

Martin Luther King

Ontem fez quarenta anos que assassinaram ele:
(vinte minutos de vídeo histórico)



para os loucos

comercial premiadíssimo da apple

Jake Shimabukuro

Ukulele é um cavaquinho havaiano....





Dancem Macacos, Dancem

pra pensar um pouquinho:

pálido ponto azul

ponha-se no seu lugar:

Aranhas sob efeito de drogas!

em vez de tropa de elite, um vídeo educativo:

Pros que lembram do Queen...

primeiro o original, depois a versão... ahã... traduzida:



George Carlin

a versão legendada foi censurada!! siga as instruções no video para ver a versão original sem legendas....

Nina Simone

1969, Harlem: