19.5.10

Gil Scott-Heron - "Me And The Devil"

Tom Waits - Chocolate Jesus

Ninguém precisa ir mais a igreja, nem se ajoelhar, nem decorar os salmos! O titio Tom Waits achou um docinho com uma citação da Bíblia de um lado e uma cruz do outro, se chama "Chocolate Jesus"...

6.5.10

O STF e o Holocausto Franquista

(Este e-mail a seguir eu recebi em powerpoint e em espanhol, traduzi e converti para post do blog, a mensagem é bem atual dada a decisão do STF de esquecer as atrocidades dos torturadores da ditadura militar)

Parece Impossível !

Crianças mortas durante bombardeio em Barcelona


O General Franco teve razão ao ordenar que não se tirassem fotos nem filmes dos campos de concentração espanhóis...

“O Holocausto Franquista”

E assim explicou os motivos:

“Que se tenha o mínimo de documentação, eliminem testemunhos, e todo aquele contrário ao regime, porque ha de chegar um dia em que se vai plantar a história de que isto nunca aconteceu”.

Fuzilamento em Badajoz

“Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem não façam nada.”
(Edmund Burke)

Este foi o HOLOCAUSTO

Fonte: El País

... e exatamente, como foi previsto faz cerca de 60 anos…



... o Holocausto Espanhol foi eliminado de nosso currículo escolar porque 'ofendia' a população, que afirma que o Holocausto nunca aconteceu...



Este e-mail está sendo enviado como uma lembrança, em memória d@s libertári@s assassinad@s, massacrad@s, violad@s, queimad@s, mort@s de fome e humilhad@s enquanto o resto do mundo olhava em outras direções...

Fuzilamento nos arredores de Madrid

A intenção de enviar este email, é que seja lido por pelo menos 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
Começará por seus conhecidos!!
Porque todos, adultos e jovens, devemos recordar o nível de atrocidades que pode chegar a cometer um grupo de homens sem escrúpolos se não são detidos a tempo !!

Soma-te para erradicar a ignorância e a desinformação com a qual pretendem manipular-nos.
Este email deve chegar ao mundo inteiro...
Traduza-lo a outras línguas se for necessário!!


Apágue-o e será outro cúmplice silencioso.
Reenviar-lo só levará dois minutos,
eles perderam a vida toda...

5.5.10

Kuduru?

Buraka Som Sistema - Sound of Kuduro
Featuring: DJ Znobia, M.I.A., Saborosa e Puto Prata
Sem noção!

18.3.10

Pillart

Há 4 anos eu internei no HC com muita dor de cabeça e uma paralisia que atingia o lado esquerdo da língua e o olho esquerdo. Fiquei 28 dias tomando morfina de 8 em 8 hs na veia, e fazendo uma quantidade enorme de exames, até que uma tomografia revelou uma pequena área de inflamação na meninge. Foi discutido que deveríamos tentar a cirurgia, apesar dos riscos altíssimos de uma craneostomia desse tipo, pois precisávamos recolher material para tentarmos descobrir na biópsia o que eu tinha afinal. Durante a cirurgia descobriu-se que a área afetada era muito maior, a cirurgia que era pra durar 2 hs acabou durando 11 hs, e a biópsia não deu nada! Fiz um longo tratamento baseado em pulsoterapia de corticóide, voltei a ser internado no início de 2009, onde finalmente se fechou um diagnóstico de paquimeningite, e agora me trato com uma quimioterapia quinzenal, e uma série de comprimidos, 2x ao dia. Juntei isso com meu tesão por fotografia e durante cerca de 4 meses fotografei sem faltas esses remédios diários: fotografava, twitava e depois tomava, lá pelas tantas inclusive, fiz a regra de só usar o iPhone pra esse trabalho, no dia que esqueci de fotografar, dei por completo o projeto, com 210 fotos no total, cada uma com o nome que eu dei quando twitei: (clique para abrir a página do FLiCKR)

14.3.10

DEVO - Beautiful World com letra

Beautiful World

It’s a beautiful world we live in • É um mundo bonito que moramos
A sweet romantic place • Um doce lugar e romântico
Beautiful people everywhere • Pessoas bonitas em todos lugares
The way they show they care • O modo que eles mostram que se preocupam
Makes me want to say • Me faz querer dizer
It’s a beautiful world (3x) • É um mundo bonito (3x)
For you (3x) • Para você (3x)
It’s a wonderful time to be here • É um época maravilhosa para estar aqui
It’s nice to be alive • É agradável estar vivo
Wonderful people everywhere • Pessoas maravilhosas em todos lugares
The way they comb their hair • O modo como penteiam seus cabelos
Makes me want to say • Me faz querer dizer
It’s a wonderful place (3x) • É um lugar maravilhoso (3x)
For you (3x) • Para você (3x)
Hey • Hei
Tell me what I say • Me diga o que eu digo
Boy ’n’ girl with the new clothes on • Menino e menina em roupas novas
You can shake it to me all night long • Vcs podem sacudir a noite toda p/ mim
Hey hey • Hei hei
It’s a beautiful world (3x) • É um mundo bonito (3x)
For you (3x) • Para você (3x)
It’s not for me • Não é para mim...

16.2.10

¡NOTHING!

The amazing history of a quiet boy alone in the silent dark!
(2 hours long) #nweclassicnoirfilm

O meu filme mais longo, e o que deu mais trabalho na finalização de imagem e som! / Um marco na história do cinema nacional! / O 1º filme auto sustentável, não precisa de energia nem equipamentos para ser feito ou visto! / Se feche numa sala escura em silêncio pr 2 hs e assista! Uma experiência trancedental / Insônia? Aproveita e assiste ¡NOTHING!, uma experiência única! / Uma superprodução feita com recursos próprios! / A Black and Black Silent 3D Adventure Blockbuster about a quiet boy in the dark

Depoimentos:
• Coppola:"Minha vida mudou depois que eu vi ¡NOTHING!, um filme profundo que liberta o cinema das garras da indústria!"
• Allen:"Adorei ¡NOTHING!, Queria ter feito!"
• Tarantino:"Isso é que é cinema, cara! ¡NOTHING!, é cinema visceral de verdade!"
• Cameron:"Daqui a alguns anos, Avatar não vais ser nada, ¡NOTHING!é que vai ser lembrado!"
• Kubrick:"¡NOTHING! é tudo"
• Orson Wells: "¡NHOTHING! is better than Citizen Kane"
• Eisenstein: "¡NOTHING! o frame que abalou o mundo!"

¡NOTHING!, a única coisa em branco é o roteiro! / ¡NOTHING!, vc já viu numa noite de insônia, só não sabe! / What's new in Cannes this year? ¡NOTHING! The new black&black 3D noir movie from Brazilian director Aritanã Malatesta. / ¡NOTHING! If the theater is closed, it's in exibition! / ¡NOTHING! is what's playing when nothing else is playing! / ¡NOTHING! is what's playing when the TV is off! / ¡NOTHING! is what's playing when the TV is broken! / ¡NOTHING! is what's playing when the light has gone! / ¡NOTHING! is what's playing when you close your eyes! / ¡NOTHING! is what's playing when you can't sleep! / ¡NOTHING! is what's playing between the fade out and the fade in! / versão alemã experimental: "¡NICHTS! in der Höhle Kunst" com 17 horas!

¡NOTHING! Avant premierè tonight in all theaters of the world, after closing!

12.2.10

Blog on the fly, fly high

Este post é um teste na madruga das possibilidades de se blogar do iPhone com recursos doidos, aí vai uma foto robótica que tirei 2ª.


•Malatesta iPhone

8.2.10

Fotos do Beijaço


Fotos do ato em apoio ao PNDH-3, que não foi enorme, mas foi um sucesso!
Clique na foto para ver um SlideShow no Flickr.

6.2.10

Beijaço pelo PNDH-3

Amanhã estarei lá, com o coração e a vontade de melhorar sempre, a sede de justiça, de paz e de amor. Sei que deixamos certas pessoas, certos setores da sociedade realmente nervosos, a ponto de se excitarem e sugerirem que ao invés de beijos pratiquemos atos sexuais ("VÃO SE FUDER" já gritaram), a ponto de organizarem ato contra os direitos humanos (no mesmo domingo às 15 no MASP), a ponto de um idiota sob pseudônimo redigir um textículo reacionário tão podre que termina por se classificar como “pessoa moral” no lugar de “ser humano”!! É contra essas “pessoas morais” que sempre lutei, luto e continuarei lutando enquanto uma série de fenômenos eletro-químicos que acontecem no meu cérebro continuarem gerando o que chamamos de “vida”!

A luta continua, venceremos! BEIJOS A TODOS!!!!!

(isto era um comentário meu no blog dos 300 e acabou virando um post aqui)

5.2.10

Beijaço pelo PNDH-3

Clique na imagem para vê-la maior, baixá-la e divulga-la. Pra maiores informarmações cheque o blog dos 300: http://www.trezentos.blog.br/?p=4044

24.1.10

Batman: Ashes to Ashes

Este é o melhor filme do Batman que eu já vi, bonito, escuro, bem interpretado e pesado... muito pesado. Com Batman, Alfred, Coringa e Arlequina, em francês com legenda em inglês, em 2 partes:



13.1.10

Nascer do Sol em Confins!

Clique na foto para abrir o SlideShow no Flickr

* Tenho percebido que postar slideshows direto no blog tem deixado ele lento, principalmente para quem acessa via ruindowns... Portanto a partir de agora para ver um álbum de fotos, tem que acessar o Flicker mesmo. As postagens antigas continuam como estão.

12.1.10

Verdade e Justiça

(esta postagem é uma iniciativa coletiva de diversos blogs pela verdade)

Desde a Lei da Anistia, os familiares dos mortos e desaparecidos políticos da ditadura militar lutam na justiça ou em qualquer instância possível para terem o direito de saber o que aconteceu com seus entes e receberem seus restos mortais para enterrar e seguir em frente. Ao conversar com as representantes da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos, Suzana Lisbôa e Criméia Almeida, a impressão é de uma luta infinita, difícil e dolorosa e de escassos resultados. Coube aos familiares dos desaparecidos – com seu luto inacabado – contar, além da história dessas pessoas que morreram sob condições brutais lutando pela democracia, essa parte ainda desconhecida de nossa história. Até hoje, apenas quatro corpos foram encontrados dos 176 desaparecidos e os governos que sucederam os militares, incluindo o atual, vêm ignorando sistematicamente todos os pedidos e determinações – Comitê de Direitos Humanos da ONU e OEA - para abrir os arquivos secretos da ditadura, e dar uma resposta concreta a essa famílias.

Pedro Luiz Maia

Qual a principal luta da Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos?

Suzana Lisbôa - Nossa luta é para que o Estado brasileiro esclareça as circunstâncias das mortes dos desaparecidos políticos, onde e como morreram, entregue os restos mortais aos familiares e pela punição dos responsáveis pelas mortes e torturas durante a ditadura.

Por que, na opinião de vocês, o governo não abre os arquivos secretos da ditadura, se tem poder para isso?

Suzana Lisbôa – O governo manteve o sigilo eterno (*) quando poderia ter aberto os documentos. Foi uma opção política. Os crimes de direitos humanos não prescrevem e não podem ser mantidos sob sigilo, mas o Estado nega. O direito a informação é um direito constitucional. Nós temos o direito de saber o que aconteceu com nossos parentes e temos o direito de enterrá-los.

Criméia Almeida – O governo não abre os arquivos porque não quer. Não vejo disposição nenhum do governo conosco e com essa causa. Existe uma preocupação em mostrar que alguma coisa está sendo feita. Mas não existe disposição em fazer de fato alguma coisa. Para se ter uma ideia: Em 2009 a União foi obrigada judicialmente a realizar buscas no Araguaia por uma ação judicial (iniciada em 2003) transitada e julgada em julho de 2007, movida pelos familiares dos mortos e desaparecidos (**). Então, o Ministério da Defesa, só em 2009, porque foi obrigado, criou o “Grupo de Trabalho Tocantins” para procurar os restos mortais dos guerrilheiros do Araguaia. Até 2007, a palavra oficial do governo era que a Guerrilha do Araguaia não havia existido, para poder também negar a chacina (conhecida como “Operação Limpeza”). Então, ao criar um grupo de trabalho para procurar as ossadas das vítimas assassinadas pelo Estado lá, dá outro nome. Entende como funciona? Na coordenação deste grupo de trabalho está um general de brigada, que declarou sua defesa do golpe militar de 64, dizendo que "o exército brasileiro atendendo a um clamor popular foi às ruas contribuindo substancialmente e de maneira positiva, impedindo que o Brasil se tornasse um país comunista."

Suzana Lisbôa – Os familiares só puderam acompanhar as buscas no Araguaia com um decreto presidencial. O ministro Jobim dizia que a nossa participação era ilegal porque éramos parte do processo. Ou seja, estavam sendo obrigados por nós a procurar os corpos e não queria que nós acompanhássemos. Inclusive, as primeiras buscas foram feitas por uma caravana essencialmente militar, sem sequer um representante da SEDH.

Como vocês veem essa divisão do governo Lula sobre o assunto, com o ministro Tarso Genro defendendo a punição dos torturadores? (a entrevista foi feita no final de 2009, antes da polêmica entre os ministros Nelson Jobim, da Defesa e Paulo Vannuchi, de Direitos Humanos em torno no PNDH-3)

Criméia Almeida – Para nós não faz diferença. Não vejo diferença e nem no que isso possa ajudar. Eles são todos ministros de um mesmo governo, que até agora não fez nada para avançar no esclarecimento das mortes e dos desaparecimentos. Acho que este governo como todos os outros é conivente com a ditadura ao não fazer nada de concreto. E o judiciário também é conivente.

Suzana Lisbôa – Eu acho importante que o ministro da Justiça defenda a punição dos torturadores e diga que crime de tortura não prescreve. Mas no final das contas, quando o Estado brasileiro não se posiciona contra oficialmente, não apura, não pune, se torna conivente. Ao final, o Estado é conivente com a tortura e os desaparecimentos durante a ditadura.

Mas saem notícias da Secretaria Especial de Direitos Humanos sobre os mortos e desaparecidos...

Suzana Lisbôa – O que a SEDH fez foi ampliar o critério de abrangência da Lei das indenizações e publicou o livro com o registro da memória dos desaparecidos. Apenas isso. A parte mais importante foi feita por nós, familiares, que foi a elaboração dos processos que permitiram os pedidos de indenizações e a liberação das tais certidões de óbito. O que é outro absurdo. Porque o Estado diz aos familiares para irem ao cartório mais próximo de sua residência com a cópia da lei e pedir o “atestado de morte presumida”. Só que essa morte vai entrar para o registro e estatística daquele local onde está situado o cartório, onde mora a família do desaparecido, e não onde ele morreu. A lei diz que o ônus da prova da morte é dos familiares, assim como a procura pelos corpos. E sem os arquivos, sem esses registros, nós não temos como provar nada. Tudo que conseguimos até hoje foi sendo construído, reconstituído, através dos poucos arquivos a que tivemos acesso ao longo desses anos.

Criméia Almeida – O meu marido, André Grabois, “oficialmente” teria morrido cinco antes do nascimento de seu filho. Ele foi morto, “desapareceu”, em 73 no Araguaia e no atestado de morte presumida constaria como morto em 68. O registro do óbito deve ser feito no local da morte, como em qualquer outro caso. Mas, para “facilitar” a vida dos familiares, liberou-se o registro do óbito no cartório mais próximo. Com isso, apaga-se a história. Já não bastava o Estado ter desaparecido com a pessoa, ainda lhe nega a sua história.

Como é ver os processos que julgam crimes das ditaduras em outros países latinos, como Uruguai, Argentina e Chile, em andamento?

Suzana Lisbôa – O Brasil é o país mais atrasado da América Latina na apuração e julgamento dos crimes ocorridos durante as ditaduras militares. O sentimento é de frustração. Nós fizemos uma tarefa que era do governo. Coube a nós, familiares, contar essa parte da história do país. O descaso do presidente da república é algo que me toca profundamente. Ainda me choca muito.

Criméia Almeida – Foi o Estado que sumiu com essas pessoas. Se depois disso, o Estado não tem poder para abrir os arquivos desses processos de desaparecimento, que venha a público dizer que não conseguiu e peça desculpas. Mas não faça de conta que está buscando informações quando não está. Se o Estado foi capaz de torturar e assassinar, que seja capaz de assumir o que fez.

Falando nisso, o governo fez uma campanha publicitária pedindo à população informações sobre os desaparecidos, para contar a história dessas pessoas, chamada “Memórias Reveladas”. Inclusive alguns familiares participam da campanha.

Suzana Lisbôa – Nós ficamos surpresas com a campanha. Parece mesmo jogo de cena, para dizer que o governo está fazendo alguma coisa. Mas joga para a população uma responsabilidade que é sua. Quando a campanha terminar vão dizer: “olha, a população não colaborou com nenhuma informação significativa”. Ficamos surpresas mesmo foi com os familiares que aceitaram participar. A D. Elzita, mãe do Fernando Santa Cruz, contou que deu um depoimento imenso, onde fazia cobranças ao governo e reclamava da demora na liberação das informações e em procurar os corpos, e que eles editaram e deixaram só aquele trecho dela lendo uma poesia e falando que não esquecia o filho. Fiquei muito admirada do Marcelo Rubens Paiva ter aceitado aparecer numa campanha do governo sobre o assunto.

Criméia Almeida – É só para constar, para dizer que estão fazendo alguma coisa. Isso tudo deve ser por causa do prazo dado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para que o governo abra os arquivos. O prazo já se esgotou e como o governo não fez nada, a corte criminal da OEA aceitou a denúncia entregue no dia 26 de março de 2009, e o Brasil deverá ser julgado ainda em 2010.


Suzana Lisbôa iniciou sua luta contra a ditadura no Julinho (Colégio Júlio de Castilhos – Porto Alegre/RS) e integrou a Ação Libertadora Nacional. Seu marido, Luiz Eurico Tejera Lisbôa, militante da ALN, PCB e VAL-Palmares, foi torturado e assassinado em 1972. A ossada de Luiz Eurico foi encontrada na vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, distrito de Perus (***), São Paulo. Suzana presidiu a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos.

Criméia Almeida cresceu numa família de militantes comunistas em Minas Gerais. Ex-guerrilheira no Araguaia e ex-militante do PCdoB, foi casada com André Grabois, também militante do PCdoB, desaparecido no Araguaia em 1973. Criméia foi presa e torturada grávida. Seu filho João Carlos, nasceu na prisão e conhece o pai apenas pela foto 3x4 dos arquivos do DOPS. André Grabois permanece como desaparecido.



(*) Um documento, arquivo sigiloso é "classificado" na origem. Os que receberam o carimbo de "ultra secreto" podem permanecer sem acesso público para sempre, conforme a norma legal. O "sigilo eterno" foi introduzido por decreto em 2002, pelo então presidente FHC – considerado inconstitucional. Lula, apesar dos apelos, o manteve em 2003.

(**) A sentença da Justiça Federal determinou a quebra do sigilo das informações militares sobre todas as operações de combate aos guerrilheiros no Araguaia e que a União informasse onde estão sepultados os mortos no episódio. Para realizar as buscas, a União teve um prazo de 120 dias, já esgotados.

(***) A vala clandestina de Perus foi localizada no dia 4 de Setembro de 1990, com 1049 ossadas encontradas em sacos plásticos, todos sem qualquer identificação. A investigação e identificação se deram por determinação da prefeita de São Paulo na época, Luísa Erundina.

Neste momento, o Brasil está mergulhado na discussão sobre o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos – PNDH III – decreto assinado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em dezembro passado, que prevê a criação (através de um projeto de lei ainda a ser encaminhado ao Congresso Nacional) da Comissão da Verdade, destinada a investigar os crimes cometidos pelo Estado durante a repressão aos opositores da ditadura militar.

O PNDH III é o resultado de um longo processo de discussão – que incluiu a realização de diversas conferências ouvindo toda a sociedade e entidades representativas do setor – e negociação com todos os setores do governo. Os militares, liderados pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, descontentes com o acordo firmado por eles mesmos, criaram e vazaram uma crise governamental para tentar impedir a abertura dos arquivos secretos da ditadura, e uma possível punição aos torturadores – possibilidade que ainda dependerá de uma decisão do STF sobre o tema, caso os crimes de tortura venham a ser inventariados.




JApraJAULA

tags: direitos humanos, justiça, ditadura, verdade, mortos, desaparecidos, tortura, torturadores, araguaia, pndh-3, governo

11.1.10

A Comissão da Verdade: Clareza por fovor!

Vou ser bem claro e direto. Vou citar nomes. Quando o ministro Jobim tem a petulância de se referir às vítimas da ditadura como criminosos, exigimos que ele seja imediatamente demitido e suas ligações com os verdadeiros criminosos do regime militar sejam minuciosamente investigadas. É preciso ficar claro que aqueles que na época se opuseram à ditadura militar, seja pela flor ou pelo fuzil, pela canção ou pelo grito, o fizeram por necessidade, e com muita coragem. Pertencem a esse grupo pessoas como a Dilma, meus pais, tantos amigos queridos, e tantas pessoas que se foram nas mãos da máquina do estado. Pessoas da linhagem de Lorca, de Hermigway, daquelas que estão sempre a postos para lutar contra a sombra do fascismo! É por isso que os heróis não devem ser julgados com seus algozes. A resistência francesa não foi julgada em Nuremberg.