Adoro ler, sempre gostei, tenho entre meus preferidos clássicos como Moby Dick, vários do Hermingway, Guimarães Rosa, Agata Christe, H. G. Wells, Asimov, Athur C. Clarck, Vargas Llosa, entre vários outros. Mas a gente sempre tem um preferido, mas o meu preferido sempre me envergonhou diante amigos e parentes tão intelectualizados. Meu livro preferido é uma história em quadrinhos! É, aquela sub linguagem americanóide, deturpadora de jovens mentes! Mas Watchman de Alan Moore, é muito mais que isso, estou relendo pela enésima vez e de novo me deparo com um texto denso e intrincado, cheio de pequenos detalhes que vão montando um quebra cabeças psicodélico de infinitas peças até chegar num final completamente inesperado e angustiante. O cenário inicial é o seguinte: Década de oitenta de um mundo onde nos anos trinta surgiram os primeiros vigilantes mascarados reais (loucos, fascistas, idealistas, mercenários) e nos anos cinqüenta surge um super-ser com poderes quânticos a serviço do governo americano. Resultado, os EUA ganharam a guerra do Vietnã e Nixon está já no seu sexto mandato consecutivo, enquanto isso um menino sentado ao lado de uma banca lê um apavorante quadrinho de pirata (os de super heróis não fazem mais sucesso), a história muda o tempo inteiro de narrador e é toda intercortada por trechos de livros, teses e reportagens fictícias.
O meu alívio foi saber a pouco tempo que o Alan Moore já recebeu vários prêmios pelo Watchmen incluindo o de melhor escritor de língua inglesa pela Harvard University (1988), e o livro é o único quadrinho na lista dos 100 melhores livros de todos os tempos da revista Time.
Ano que vem saí o filme, com certeza não terá como chegar aos pés do livro, mas parece bem fiel visualmente (Atenção não tinha reparado que a legenda tem um erro crasso, onde eles escrevem "Eles cuidam de nós, mas quem cuida deles?" deveria estar "Eles nos vigiam, mas quem os vigia?") :
Ps: Acabei esquecendo de falar da arte maravilhosa, pesada, fria, detalhista, quase foto-jornalística de David Gibbons
3 comentários:
Watchmen também está entre meus prediletos. Difícil é, comparando com O Cavaleiro das Trevas (I), dizer qual é o melhor. Ouso colocar também na lista Elektra Assassina e Liberdade, de Frank Miller. Mas é incrível o "ambiente real" que parece haver em Watchmen. Violento, cru e visceral, de fato elevou meu nível de exigência com relação aos quadrinhos.
Pelo trailer, o filme me parece bem fiel. Me pergunto como o diretor vai conseguir (ou já conseguiu) condensar 6 volumes de quadrinhos em 2h de filme. Poderia ser uma trilogia !
Inclusive agradeço a você pelo nosso período juntos, quando você me mostrou muitos quadrinhos legais.
E parabéns pelo blog! Já tô de olho nele...
Abraço.
Dedo,
Engaçado, como tenho a versão encadernada, vejo o Watchmen como um livro só e não como algo em 6 volumes, mas acho que nem uma trilogia daria conta de transpor toda a complexidade da trama para as telas, assim como o lindo filme com Gregory Peck como Capitão Ahab, embora fantástico, jamais transmitirá as sensações que só o livro Moby Dick podem infligir no leitor. Os quadrinhos que você citou, amo de paixão, ao lado de outros como alguns do Mobius e do Hogo Pratt, mas realmente acredito que Watchmen esteja em outro patamar e, reafirmo, é meu livro preferido. Legal que está gostando do blog!
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