30.5.08
A revolução não será televisionada!
Musica fantástica de Gil Scott Heron dos anos 70, num clipe de 2001.
29.5.08
O que deram para esse palhaço?
Não sei se o McDonald's assume, mas está no ar faz tempo e não foi tirado, e fica mostrando o site deles:
27.5.08
bourrée
Quem lembra do Jethro Tull? Aqui, Ian Anderson e sua turma tocam um interpretação bem particular de Bourrée em Mi menor, de Bach:
Malcom X
Há pouco tempo, coloquei aqui no blog o discurso do Martin Luther King, achei por bem colocar também um video do Malcom X:
partes 1 e 2
partes 1 e 2
23.5.08
22.5.08
DEVO
Essa banda americana, surgida em meados dos anos 70, já foi classificada de electro-punk, new-wave, pós-punk (?) entre outros. Seu nome vem da idéia de "DE-EVOLUTION", um processo evolutivo inverso que nos manda de volta as origens, na verdade um crítica a humanidade em geral (aos americanos em particular) que tem uma tendência de ser tão retrógrada e facilmente manipulada como gado. A música a seguir é "Jocko Homo", uma resposta a um folheto religioso antievolucionista da década de 20 que tinha o mesmo nome. O termo jocko homo, é uma representação pejorativa da idéia de homem-macaco.
eles nos dizem que
We lost our tails
We lost our tails
perdemos nosso rabo
Evolving up
Evolving up
evoluindo
From little snails
From little snails
de lesminhas
I say it's all
I say it's all
Eu digo que é tudo
Just wind and sails
Just wind and sails
papo furado
Are we not men?
Are we not men?
não somos homens?
We are Devo!
We are Devo!
nós somos Devo
Are we not men?
Are we not men?
não somos homens?
D-E-V-O!
Monkey men all
todos homens-macaco
In business suits
Em ternos de trabalho
Teachers and critics
professores e criticos
All dance the poot
todos dançam juntos
Are we not men?
D-E-V-O!
Monkey men all
todos homens-macaco
In business suits
Em ternos de trabalho
Teachers and critics
professores e criticos
All dance the poot
todos dançam juntos
Are we not men?
não somos homens?
We are Devo!
We are Devo!
nós somos Devo
Are we not men?
Are we not men?
não somos homens?
D-E-V-O!
Are we not pinheads?
não somos idiotas?
We are Devo!
nós somos Devo
Are we not men?
não somos homens?
D-E-V-O!
We're pinheads now
somos idiotas agora
We are not whole
não somos completos
We're pinheads all
somos todos idiotas
Jocko Homo
jocko homo
Are we not men?
D-E-V-O!
Are we not pinheads?
não somos idiotas?
We are Devo!
nós somos Devo
Are we not men?
não somos homens?
D-E-V-O!
We're pinheads now
somos idiotas agora
We are not whole
não somos completos
We're pinheads all
somos todos idiotas
Jocko Homo
jocko homo
Are we not men?
não somos homens?
We are Devo!
We are Devo!
nós somos Devo
Are we not men?
Are we not men?
não somos homens?
D-E-V-O!
God made man
deus fez o homem
but he used the monkey to do it
mas usou o macaco pra fazê-lo
Apes in the plan
macacos no projeto
we're all here to prove it
estamos todos aqui pra provar
I can walk like an ape
eu posso andar como macaco
talk like an ape
falar como macaco
do what monkey do
fazer o que o macaco faz
God made man
deus fez o homem
but monkey supplied the glue
mas o macaco forneceu a cola
Are we not men?
D-E-V-O!
God made man
deus fez o homem
but he used the monkey to do it
mas usou o macaco pra fazê-lo
Apes in the plan
macacos no projeto
we're all here to prove it
estamos todos aqui pra provar
I can walk like an ape
eu posso andar como macaco
talk like an ape
falar como macaco
do what monkey do
fazer o que o macaco faz
God made man
deus fez o homem
but monkey supplied the glue
mas o macaco forneceu a cola
Are we not men?
não somos homens?
We are Devo!
We are Devo!
nós somos Devo
Are we not men?
Are we not men?
não somos homens?
D-E-V-O!
We must repeat!
devemo repetir
We are Devo!
nós somos Devo
We must repeat!
devemos repetir
D-E-V-O
Okay! Let's go!
Ok! vamos lá!
D-E-V-O!
We must repeat!
devemo repetir
We are Devo!
nós somos Devo
We must repeat!
devemos repetir
D-E-V-O
Okay! Let's go!
Ok! vamos lá!
21.5.08
Direto da revista Caros Amigos:
EM JANEIRO DE 2008, UMA NOTÍCIA-BOMBA CORREU MUNDO. UMA MACACA, A PARTIR DE UM LABORATÓRIO NA CAROLINA DO NORTE, EUA, USANDO A “FORÇA DO PENSAMENTO”, FEZ UM ROBÔ ANDAR NO JAPÃO. O EXPERIMENTO JOGA PARA UM FUTURO NÃO MUITO LONGÍNQUO A POSSIBILIDADE DE DEVOLVER OS MOVIMENTOS A PARAPLÉGICOS. PROEZA DO NEUROCIENTISTA MIGUEL NICOLELIS, UM PAULISTANO E PALMEIRENSE ROXO, CITADO COMO FORTE CANDIDATO AO PRÊMIO NOBEL EM SUA ÁREA, QUE A CADA PASSO FAZ QUESTÃO DE DECLARAR DUAS PAIXÕES: O FUTEBOL E O BRASIL. ESPECIALMENTE O POVO BRASILEIRO, CUJO TALENTO, DIZ ELE, SÓ PRECISA DE OPORTUNIDADE PARA SE MANIFESTAR. NÃO À TOA, O HUMANISTA NICOLELIS ESCOLHEU UMA REGIÃO POBRE DO PAÍS, O NORDESTE, PARA IMPLANTAR O PRIMEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS COM O QUAL ELE PRETENDE INICIAR UMA REDE QUE ATENDERÁ MAIS DE 1 MILHÃO DE CRIANÇAS.
Vale a pena ler a entrevista na Caros Amigos
Meu facão Guarani....
Me lembrei ontem daquela música que diz: "Meu facão guarani, quebrou na ponta, quebrou no meio, eu falei pra morena que o trem tá feio..."
Índios atacaram com facão um representante da companhia elétrica responsável pelo projeto de uma hidroelétrica no amazonas. A polícia federal vai investigar e achar os culpados (claro, eles foram filmados e tudo!). Será que um dia os responsáveis pelo extermínio dos índios, pela redução e exploração de seus territórios, pela catequização a força, pela aculturação, serão responsabilizados? (todos sabemos quem somos)
Um ferido? Achei pouco! Prova de como os povos originais de Pindorama são pacíficos!
Lembrei de outra música, essa da Baby Consuelo: "Todo dia, era dia de índio..."
15.5.08
14.5.08
Criminoso de guerra
Essa imagem, que também encontrei no Blog do Bourdoukan é um mosaico formado por fotos de soldados americanos mortos no Iraque (clique para ampliar):
Blog do Bourdoukan
Hoje vou recomendar um um blog, o "Blog do Bourdoukan", do jornalista George Bourdoukan, colaborador da Caros Amigos. Seu blog nos fornece uma importante visão em contra plano do que é mostrado pela mídia sobre o conflito Israel/Palestina, tirei de lá este texto:
O problema palestino
Vamos esclarecer essa história de problema palestino.
1- Os palestinos sempre viveram na Palestina
2- Os palestinos não invadiram a Europa
3- Os palestinos não provocaram a segunda guerra mundial
4- Os palestinos não têm nada a ver com o Holocausto
5- O Holocausto é um produto ocidental
6- Os judeus são um problema do Ocidente
7- Os judeus sofreram racismo no Ocidente
8- Se os ocidentais têm problema de consciência, isso não lhes dá o direito de ceder uma terra que não lhes pertence.
9- Os judeus nunca foram discriminados pelos palestinos
10-Os judeus invadiram a Palestina
Portanto o que existe é um problema israelense e não um problema palestino.
Publicado na Revista Caros Amigos de maio
Vamos esclarecer essa história de problema palestino.
1- Os palestinos sempre viveram na Palestina
2- Os palestinos não invadiram a Europa
3- Os palestinos não provocaram a segunda guerra mundial
4- Os palestinos não têm nada a ver com o Holocausto
5- O Holocausto é um produto ocidental
6- Os judeus são um problema do Ocidente
7- Os judeus sofreram racismo no Ocidente
8- Se os ocidentais têm problema de consciência, isso não lhes dá o direito de ceder uma terra que não lhes pertence.
9- Os judeus nunca foram discriminados pelos palestinos
10-Os judeus invadiram a Palestina
Portanto o que existe é um problema israelense e não um problema palestino.
Publicado na Revista Caros Amigos de maio
13.5.08
Freakonomics.com: o planeta dos macacos de Frans de Waal
(Saiu hoje na folha, achei muito bom e resolvi reproduzir aqui)
Stephen J. Dubner e Steven D. Levitt
Solicitamos aos leitores que enviassem questões para o primatologista Frans de Waal. De todas suas conquistas, uma das maiores foi sua habilidade em comunicar suas descobertas acadêmicas a um público amplo.
Pergunta - Outras espécies de primatas, além do macaco bonobo, usam o sexo como forma de comunicação/ formação de laços/ intimidade e não apenas com propósitos de procriação?
Resposta - Os bonobos são o melhor exemplo de sexo não reprodutivo. Eles usam o sexo facilmente para razões que, na maior parte das vezes, parecem sociais -como reconciliação depois de uma briga ou na competição por alimentos. Eles usam o sexo para aliviar a tensão: depois do sexo, compartilham a comida. Os bonobos são nossos parentes animais mais próximos, junto com os chipanzés. Os bonobos e chimpanzés não são macacos, e sim primatas antropóides. Os antropóides são primatas grandes com cérebros avantajados, sem rabo, peito plano e ombros. Os macacos são menores, têm rabo e freqüentemente um rosto menos plano (focinho). Os humanos são obviamente mais parecidos com os antropóides do que com os macacos.
Pergunta - A rejeição da evolução por algumas religiões (como no criacionismo) jamais o atrapalha em seu trabalho?
Resposta - Não vivencio esse tipo de resistência na ciência, na qual a teoria evolucionária é obviamente o paradigma dominante. Os criacionistas algumas vezes tentam dar a impressão de que muitos cientistas têm dúvidas sobre a teoria, mas nunca encontrei nenhum. Ficaria surpreso se mais de 0,1% dos biólogos pesquisadores ativos tivessem essas dúvidas.
Pergunta - Foi o seu laboratório que conduziu o estudo de uva-versus-pepino?
Resposta - Sim, junto com a professora Sarah Brosnan, fizemos um estudo no qual macacos de capuchin recebiam ou uma uva ou um pedaço de pepino por uma tarefa simples.
Se os dois macacos recebessem a mesma recompensa, nunca havia problema. As uvas são de longe as preferidas (como nós, como verdadeiros primatas, eles dão preferência ao conteúdo de açúcar), mas mesmo se os dois recebessem pepino, faziam a tarefa muitas vezes seguidas.
Entretanto, se recebessem recompensas diferentes, aquele que fosse preterido começava a falhar em suas respostas e logo começava uma rebelião, recusando-se a executar a tarefa ou recusando-se a comer o pepino.
Essa é uma resposta "irracional", no sentido que, se a vida (e a economia) é a respeito da maximização do lucro, o indivíduo deve sempre pegar o que puder. Os macacos sempre aceitam e comem um pedaço de pepino quando é oferecido, mas aparentemente não quando seu parceiro está recebendo algo melhor. Em humanos, essa reação é chamada de "aversão à iniqüidade".
Eu de fato não acho que a resposta seja irracional de forma alguma, mas relacionada ao fato de que, em um sistema cooperativo, você precisa ver que tipo de investimento faz e o que recebe em troca. Se os seus parceiros sempre acabam ganhando mais, isso significa que estão explorando você. Então, a coisa racional a fazer é parar de cooperar até que a divisão da recompensas melhore.
Isso envolve uma mensagem importante para a sociedade americana, que está se tornando menos justa a cada dia. O índice Gini (que mede a desigualdade de renda) continua crescendo e agora está mais parecido com os de países de Terceiro Mundo do que de outras nações industrializadas.
Se os macacos já têm problemas em aceitar a desigualdade de renda, pode-se imaginar o que ela faz conosco; cria grandes tensões dentro de uma sociedade, e sabemos que tensões afetam o bem estar psicológico e físico. Alguns atribuem as estatísticas tristes de saúde dos americanos (atualmente em 42º lugar no ranking de longevidade mundial) às fricções sociais de uma sociedade injusta. (Ver o livro de Richard Wilkinson de 2005 "The Impact of Inequality").
Pergunta - O senhor acha que muitos dos resultados que encontrou seriam similares se os experimentos fossem feitos no ambiente selvagem?
Resposta - A relação entre trabalho de campo e em cativeiro é importante em primatas.
É verdade que nosso teste de uva contra pepino não pode ser conduzido com macacos selvagens pela simples razão que não estão acostumados a receber comida de humanos. Mas é improvável que o impressionante mecanismo psicológico que observamos tenha nascido do nada.
De fato, não conheço nenhuma habilidade não treinada descoberta em cativeiro que não foi encontrada na mesma espécie selvagem. O uso de instrumentos, por exemplo, foi visto pela primeira vez em primatas antropóides de zoológico -e todo mundo disse que não contava- até, é claro, ser demonstrado que também os selvagens usam instrumentos.
Eu acredito, entretanto, que estudos no cativeiro nunca podem substituir estudos em campo. Eles apenas oferecem vislumbres.
Pergunta - O senhor observou primatas em comportamento sexual incestuoso? Em caso positivo, esse comportamento é ignorado, recompensado ou punido pelo grupo?
Resposta - Uma questão em boa hora. Olho para a seita poligâmica no Texas com curiosidade, já que parece imitar o sistema de cruzamento de alguns animais (enviando para longe jovens machos para que os dominantes possam reproduzir-se livremente com muitas fêmeas). Já o homem incestuoso na Áustria não se encaixa em nada que eu conheça sobre primatas, porque todos os animais têm formas de evitar o cruzamento interno. Há, de fato, muito pouco intercruzamento mesmo nos zoológicos, onde algumas vezes as filhas crescem ao lado de machos que poderiam ser seu pais.
A regra geral em primatas é que um sexo ou o outro deixa o grupo na puberdade. Em muitos macacos, os machos partem e procuram outro grupo. Com primatas antropóides (e na maior parte das sociedades humanas), as fêmeas partem. Isso resolve muitas oportunidades de intercruzamento, já que os migrantes encontram grupos com membros do sexo oposto não parentes.
Ainda por cima, os animais seguem o chamado efeito Westermarck, que também é considerado aplicável a humanos. A regra é que indivíduos que crescem juntos desenvolvem aversão sexual pelo outro. Irmãos ou mãe com filho não têm grande desejo de ter sexo. Westermarck formulou essa idéia há muito tempo; ela foi testada com muitos animais e em geral se sustenta.
Pergunta - O que o senhor aprendeu de Desmond Morris?
Resposta - Desmond Morris é o biólogo comportamental mais subestimado de sua geração. Seus livros formularam a visão de muitos porque ele discutiu abertamente, com grande humor e estilo, a conexão humano-animal antes de termos a sociobiologia, a psicologia evolucionária e coisas afins. Morris abriu a discussão sobre as origens humanas e como elas se relacionam ao comportamento animal. Ele fez isso de uma forma que as pessoas compreendiam e queriam ler.
Por ser um "vulgarizador" tão popular, os cientistas algumas vezes o menosprezam. Como aluno, ouvi falar sobre seu livro porque meus professores nos advertiam sempre para não ler Desmond Morris. O resultado foi, é claro, que achávamos que tínhamos que lê-lo.
O que aprendi: Mantenha o leitor interessado, faça o que tiver que fazer, desde que não viole a verdade.
Pergunta - Há um teste simples e engraçado que ajuda a descobrir se uma criança tem consciência de si ou não: simplesmente coloque uma bola vermelha em seu nariz na frente do espelho e veja se a criança tenta tirá-la. Os primatas têm consciência de si?
Resposta - O reconhecimento de si próprio no espelho é testado dessa forma. Crianças fazem esse teste entre 18 e 24 meses, e os únicos animais que até agora passaram no teste foram as quatro grandes espécies de primatas antropóides (incluindo chimpanzés), golfinhos e elefantes.
Pergunta - O senhor tem idéias, pessoais ou profissionais, sobre a chamada hipótese do antropóide aquático na evolução humana? (pergunta de Sir Alister Hardy).
Resposta - É uma honra receber uma questão do senhor, que desenvolveu a hipótese. Acho que a idéia tem muitos elementos intrigantes, como a camada de gordura subcutânea e o reflexo de mergulho, que nos marcam como humanos. Mas, até que eu veja evidências de ancestrais humanos que viviam perto da água e sobreviviam principalmente de plantas e animais aquáticos, permanecerá sendo uma hipótese.
A descoberta de um ou dois acampamentos desse tipo seria de fato insuficiente porque, para a água ter sido uma importante força evolucionária na origem de humanos, acho que teríamos que descobrir que durante um certo período de tempo essa era a única forma que nossos ancestrais sobreviviam.
Até agora, não há evidências. Mas talvez o senhor ache que os paleontólogos não tenham procurado nos locais certos?
Para mim, a teoria do antropóide aquático não está morta, mas precisa de mais evidências.
Pergunta - Os animais podem ser "imorais" ou são "amorais"?
Resposta - Essa é uma grande questão, que não posso responder em uma nota curta. Um organismo só pode ser imoral se fizer parte e aderir a um sistema de moralidade, como nós fazemos. Não acredito que chimpanzés ou outros animais sejam seres morais no sentido que nós somos.
No entanto, chamá-los de amorais tampouco é correto. Amoral significa total ausência de moralidade, e é obvio que a base da moralidade (empatia, simpatia, cooperação, regras sociais) é encontrada em animais não humanos.
Tradução: Deborah Weinberg
11.5.08
potências de 10
Este curta invcrível feito para IBM em 77 por Charles e Ray Eames com música de Bernstein, de novo nos coloca numa posição desconfortavel em relação ao tamanho das coisas. Para quem não entende inglês, reparem que partimos de um 1 metro quadrado, e com notação ciêntífica vamos multiplicando esse metro por potências de 10:
1m²x10⁰=1 metro quadrado
1m²x10³= 1 quilômetro quadrado
1m²x10¹⁶=1 ano luz quadrado
1m²X10-²= 1 centimetro quadrado
vejam como alternam-se os momentos de muita atividade com momentos de grande vazio!
10.5.08
Misirlou, o retorno!
ATENÇÃO: COMETI UM ERRO DE CHECAGEM DE FONTES! A VERSÃO QUE CREDITEI COMO SENDO ÁRABE É TAMBÉM JUDIA, CANTADA EM HEBRAICO POR UM RABINO ORTODOXO!! SE ALGUÉM TIVER OU ACHAR A VERSÃO ÁRABE, POR FAVOR ME AVISE!
Quantas encarnações pelo menos curiosas pode ter uma música? Primeiro vimos o Dick Dale tocando ela como SurfRock, depois que sua origem era grega, mas popular também entre árabes(ERRO) e judeus. Agora mostro uma versão de um grupo vocal negro de 1955, The Cardinals. Em 58 um organista indiano (não confundir com órgão indianista), Korla Pandit, grava sua versão. Em 1960, Martin Denny parece querer transporta-la para uma floresta tropical daquelas só encontradas nas profundezas de Hollywood! Finalmente reencontramos Dick Dale em 93 com uma versão mais tradicional, chamada de Tribal Thunder, aparentemente para não pagar direito autoral para a família de um tal Nick Roubanis (interessante sobrenome) que registrou injustamente a musica em seu nome!!
9.5.08
Shine a Light
Impressionante ver que um velhinho como o Martin Scorcese conseguiu captar a essência da banda de velhinhos (Roling Stones) que toca o bom e velho Rock'n Roll. Eu disse velhinhos? Bem, o Mick Jagger parece mais um adolescente muito enrugado, ele não para no palco!! Com participações como o ótimo Buddy Guy e a surpreendente Christina Aguilera e inserções de documentários antigos, como o trecho em que um liso Jagger comenta os dois longos anos de sucesso e prevê pelo menos mais um ano na estrada, este é um filme que precisa ser visto. Veja o trailer:
8.5.08
Maconha
Domingo passado era para ter acontecido aqui em São Paulo e em outras cidades do Brasil o que realmente aconteceu em Florianópolis, Porto Alegre, Recife e Vitória, além de mais de 200 outras cidades pelo mundo: A Marcha da Maconha.
Por mais que eu já conheça e esteja calejado com o conservadorismo e a hipocrisia da nossa sociedade, fiquei chocado com a proibição da manifestação (que inclusive proibia o uso da droga durante o evento e a participação de menores, clique aqui para saber mais). Puxa vida, o básico do básico de uma democracia, por mais capenga que ela seja, é poder haver troca de opiniões. Mas parece que para alguns juízes, comprometidos com forças que nada tem a ver com a justiça, isso já não se pode, acho que eles já começaram a fazer uma revisãozinha constitucional tamanho familiar, pois:
“Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização” é o que atesta o inciso XVI do artigo 5º da Constituição Federal.
Mudou-se a marcha para sábado 10/05, rebatizada de "Dia de Luta Pela Liberdade de Expressão". Espero que não seja considerada ilegal, pois vou de qualquer jeito. Nunca se pediu autorização para marchar contra ditaduras!!
Agora, dada a gravidade da situação me sinto na obrigação de me posicionar sobre o assunto. Apoio os movimentos sem-teto e sem-terra embora tenha onde morar e exista uma fazenda na família; embora branco, apoio com força os movimentos negros; vou na parada gay, mesmo sendo heterossexual; mas na marcha da maconha vou como usuário e porque sou a favor da liberação. Vou agora expor os benefícios que, acredito, viriam com a legalização:
1 - Tirar a maconha da máquina do tráfico, formada por criminosos, policiais, advogados e juízes que lucram com a proibição e que é claramente dirigida por criminosos do colarinho branco (políticos e industriais) que sabem que podem lucrar muito mais com produtos proibidos. Certa vez, conversando com um traficante, perguntei o que ele preferia vender, maconha ou cocaína, ele respondeu que era bem melhor vender cocaína, pois alem de ser muito mais cara, o comprador dava o dinheiro e ia embora correndo enquanto que o comprador de maconha fazia ele fumar um baseado junto e ficava batendo papo-furado que nem eu estava fazendo. O fato é que a lei não diferencia as drogas, um traficante com um quilo de maconha que ele venderia a mil reais corre o mesmo risco que um com um quilo de cocaína (25 mil reais). E o usuário mal informado pode passar de uma para outra achando que tudo é droga igual, só que existem inúmeros casos de morte por cocaína e nenhum por maconha.
2- Legalizar significa garantir cobrança de imposto, controle de qualidade (hoje em dia o pior problema de saúde causado pela maconha é a ingestão de produtos usados para disfarçar o cheiro e a adição de impurezas pela falta de controle), e a proteção da lei do trabalho para os que plantam, transportam e vendem.
3- Com a legalização poderia se criar toda uma legislação sobre o assunto, limite etários, regras para direção e outras atividades perigosas sob efeito da maconha, etc... Hoje em dia como já é crime usar, todo o resto fica sem ser discutido. Também ficaria mais fácil para as pessoas contarem que usam para seus médicos.
4- O uso medicinal da maconha é bem conhecido, ela é vaso-dilatadora e bronco-dilatadora, reduz a pressão arterial, relaxa e diminui os movimentos peristálticos, podendo ser usada para diminuir o enjôo de pacientes submetidos a quimioterapia, como auxiliar no tratamento de bronquite (em forma de chá, não de cigarro), melhora a circulação sangüínea dos olhos, ajudando a tratar de glaucoma. Também reduz a dor em pacientes com lupus e reumatismo. Com a liberação muitos outros usos poderiam ser achados.
Existe uma vasta literatura sobre o assunto, nacional e internacional. Recomendo um livrinho da Superinteressante: "MACONHA"(coleção para saber mais nº 4, Denis Russo Burgierman).
Pra finalizar uma piadinha:
Marcha da maconha? devia ser parada da maconha, encostada da maconha ou mesmo deitada da maconha. Se o tema fosse cocaína, daí sim poderia ser até corrida!!
1.5.08
Akira
Eu adoro animação e um dos meus longas preferidos é Akira. O filme está fazendo 20 anos, e uma das coisas que impressiona nele é fato de não ter sido utilizado computador, é uma animação 100% a mão, mesmo a trilha é acústica! Foi lançado finalmente em DVD, tem uma versão comemorativa com 2 DVDs mais uma camiseta em uma lata, mas eu comprei a versão simples de 1 DVD. Foi o primeiro DVD que eu comprei na vida, normalmente minha videoteca é composta de presentes, filmes que alugo e copio ou que baixo da internet. Se tiverem chance assistam, vale muito a pena.
A seguir a ótima seqüência das motos logo no início do filme:
1º de Maio
Este vídeo precioso entra hoje aqui pela segunda música. A 1 minuto e trinta segundos Daniel Viglietti canta "Me Matan si no Trabajo":
Me matan si no trabajo
(Nicolás Guillén - Daniel Viglietti)
Me matan si no trabajo,
y si trabajo me matan.
Siempre me matan, me matan, ay,
siempre me matan.
Ayer vi a un hombre mirando,
mirando el sol que salía.
El hombre estaba muy serio
porque el hombre no veía.
Ay, los ciegos viven sin ver
cuando sale el sol.
Ayer vi a un niño jugando
a que mataba a otro niño.
Hay niños que se parecen
a los hombres trabajando.
Ay, quién le dirá cuando crezcan
que los hombres no son niños,
que no lo son.
(Nicolás Guillén - Daniel Viglietti)
Me matan si no trabajo,
y si trabajo me matan.
Siempre me matan, me matan, ay,
siempre me matan.
Ayer vi a un hombre mirando,
mirando el sol que salía.
El hombre estaba muy serio
porque el hombre no veía.
Ay, los ciegos viven sin ver
cuando sale el sol.
Ayer vi a un niño jugando
a que mataba a otro niño.
Hay niños que se parecen
a los hombres trabajando.
Ay, quién le dirá cuando crezcan
que los hombres no son niños,
que no lo son.
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